Portanto, a solução, na minha opinião, não pode estar dividida entre os que defendem fazer “tudo” ou aqueles do “nada” realizar. Nós professores devemos fazer o que é possível, isso em todos os níveis. Refiro-me a trabalhar com os recursos disponíveis, adequando-os ao contexto socioeconômico dos estudantes e empregando estratégias pedagógicas para contemplar a todos, bem como, com as nossas condições pessoais amparadas pelas experiências e iniciativas de outros docentes, em uma forma colaborativa de ajuda. Não defendo que todos iremos imediatamente utilizar as tecnologias digitais como meio para desenvolver nossas atividades com maestria, mas aqueles que se sentem em condições precisam ser encorajados. Serão eles que servirão de exemplo para ajudar os demais a superar tamanha crise. Defendo o protagonismo dos professores para encontrarmos soluções globais que não serão únicas, mas que compartilhadas em rede, permitirão cuidar do nosso maior patrimônio: os nossos estudantes.
Universidade Estadual Paulista – Unesp